sexta-feira, 28 de agosto de 2015

A Filosofia da existência na História

A Origem de Tudo, e a evolução do pensamento sobre a criação

Desde os tempos mais antigos, o homem têm filosofado e criado teorias a respeito da criação e origem de tudo e todos. Mitos foram utilizados na antiguidade para explicar os fenômenos naturais, a criação, e a vida. Basicamente religiões eram encarregadas de explicarem perguntas inerentes a criação, e por isso o misticismo é o principal traço do período mitológico do conhecimento humano, cerca de 2000 A.C. O Criacionismo monoteísta não utiliza no geral a pesquisa científica e sistemática, e sim o conhecimento divino e superior aos Homens, conhecido como Monoteísmo, as religiões Abraâmicas( que descendem de Abraão, sendo este o pai da fé ), a principal característica inerente a criação desta parcela mundial, é crer numa criação em 6 dias( podendo ser interpretado como 6 etapas, e os dias como metáforas), e sendo a partir de um princípio quando não havia nada( um ponto zero).
1 No princípio criou Deus o céu e a terra.
Gên 1:1 -

No entanto, o criacionismo demanda de fé, e esse pré-requisito por não ser um algo presente em todos os seres Humanos, gerou a multiplicação de teorias e a pesquisa por evidências que comprovem uma teoria da origem.


Diversas culturas já tentaram entender ou explicar a criação no passado através do mito, por isso, deixo o link sobre as mitologias criacionistas de algumas culturas:
9 mitos que tentam explicar a criação



Mas qual é a verdade. Por onde começar?

A grande maioria dos desenvolvedores do conhecimento Humano a esse respeito no passado, chegaram em suas primeiras conclusões, a partir da observação dos astros espaciais. No começo dos estudos Humanos, o modelo conhecido e aplicado amplamente como conhecimento do movimento dos astros, previa que a Terra era o centro de Todo o Universo, e que os demais corpos celestes, se moviam em sua periferia orbitando-o,(Este modelo ficou conhecido como: Geocentrismo). E ainda, acreditavam que todo o Universo sempre existiu, mas que no princípio imperava o Caos, mas posteriormente os astros foram organizados. Essa característica de pensamente é peculiar aos Helenísticos(Gregos), que acreditavam em um universo infinito, imutável e que sempre existiu(eterno). 

Mais tarde, estudos e análises com novos instrumentos observatórios possibilitaram uma melhor compreensão do movimento dos astros, libertando a mente dos Humanos da ilusão do movimento aparente do Sol e Lua, e então concluindo-se na época a concentricidade do Sol, modelo esse batizado por Heliocentrismo. No século IV a.C., Aristóteles escreveu que:

"No centro, eles [os pitagóricos] dizem, há fogo, e a Terra é uma das estrelas, criando noite e dia pelo seu movimento circular em torno do centro."
(Aristóteles - Sobre os Céus, Capítulo 13)
Neste momento da história já estavam resolvidas as questões centrais das posições dos astros, mas ainda faltava saber: Quando começou a vigorarem tais leis universais? Ou ainda, quem as criou?
Georges-Henri  Lemaîtrepropôs o que ficou conhecido como teoria da origem do Universo a partir do Big Bang, que ele chamava de "hipótese do átomo primordial". Ou também conhecido como "ovo cósmico", que posteriormente foi desenvolvida por George GamowNo documentário "O Universo Além do Big Bang" do History Channel, o Prof. James Peebles, também ganhador da Medalha Eddington em 1981, afirmou: "Lemaitre é um dos meus ídolos. Entre o final dos anos 20 e o início da década de 30, foi ele quem melhor entendeu a ideia do universo em expansão, introduzindo conceitos explorados até hoje."
A teoria Heliocentrista já era filosofada desde os tempos da antiguidade Clássica Helenística por alguns poucos Filósofos. Os cálculos de Aristarco, no século III a.C., dos tamanhos relativos da Terra, Sol e Lua, evidenciavam tais preposições, no entanto não havia um modelo estruturado e com bases convincentes para tal afirmação, o que levou a essa descoberta só ser amplamente difundida no século XVI, quando o tema ganhou notoriedade explícita ao suscitar e estabelecer o divórcio entre o pensamento dogmático religioso e o pensamento científico; a ele e ao julgamento de Galileu perante a Santa Inquisição remontando as origens da ciência em acepção moderna. Àquela época, o matemático e astrônomo polonês Nicolau Copérnico foi o primeiro a apresentar um modelo matemático preditivo consistente e completo de um sistema heliocêntrico. Ainda sem a acurada precisão e um pouco confuso, contudo, o modelo de Copérnico foi mais tarde reestruturado, expandido e aprimorado por Johannes Kepler. A explicação física causal para o modelo de Kepler foi fornecida por Isaac Newton, com sua análise sistemática e busca incansável, apoiou-se em estudos e grandes descobertas do passado para alcançar o conhecimento e sabedoria para publicar a sua maior obra, que ficou conhecida como as Leis de Newton, 'Philosophiae Naturalis Principia Mathematica', que é considerada uma das mais influentes na história da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.
Em 1927, independentemente dos trabalhos de Alexander Friedmann, Georges Lemaître afirma que o universo está em expansão, baseando-se nos trabalhos de Vesto Slipher, o que foi mais tarde confirmado por Edwin Hubble. Foi o primeiro a formular a lei de proporcionalidade entre distância e velocidade de afastamento das galáxias. Esta lei, figurando em seu artigo de 1927, redigido em francês, não será traduzida na sua versão inglesa realizada por Arthur Eddington, e será descoberta empiricamente por Hubble alguns anos mais tarde. Nela, Lemaître propõe uma evolução a partir de um «átomo primitivo».
A hipótese de Lemaître estipula que todo o universo (não somente a matéria, mas também o próprio espaço) estava comprimido num único átomo chamado de "átomo primordial" ou "ovo cósmico". O estudioso afirmava que a matéria comprimida naquele átomo se fragmentou numa quantidade descomunal de pedaços e cada um acabou se fragmentando em outros menores sucessivamente até chegar aos átomos atuais numa gigantesca fissão nuclear.
Lemaître propôs uma teoria precursora da hoje chamada Teoria do Big Bang, mais tarde desenvolvida por George Gamow. Recebeu em 1953 a primeira Medalha Eddington.
Essa teoria foi chamada sarcasticamente de « Big Bang » durante uma transmissão de rádio na década de 1940 por Fred Hoyle, defensor da teoria do universo estacionário.
Em 1966, internado em um hospital da Bélgica, Lemaitre recebe com alegria a notícia de que sua Teoria do Big Bang fora confirmada pelos experimentos de Arno Penzias e Robert Woodrow Wilson, e que fora  tida como a teoria padrão pela comunidade científica da época.
Portanto, apoiando-se nos últimos sete mil anos da História da humanidade, temos uma relativa certeza de como foi o início do mundo, e como se desenvolveu a vida. Aprendemos e percebemos, de acordo com os estudos empíricos, que por mais antiga que seja a tradição e a cultura, ela ainda têm o seu valor, e de forma alguma pode ser descartada, pois seus pensamentos nos levaram a chegar onde chegamos hoje. Um exemplo disso, é a busca de um princípio Universal, algo que se provou após milhares de anos que de fato o universo teve um começo, e consequentemente, também terá um Fim.

Bons estudos a todos. Acrescente o seu comentário, avalie o conteúdo, pois este espaço é reservado ao pensamento filosófico.



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